Colheita da batata

Na aldeia de Torres, a produção da batata continua a ser feita em grande escala. Hoje, as máquinas já dão um grande contributo aos lavradores, principalmente na hora de colher. No entanto, a maioria dos agricultores ainda necessita de muita mão-de-obra para a colheita deste tubérculo. Na visita que fizemos, há poucos dias, aos grandes batatais de Torres, conseguimos observar diferentes máquinas a trabalhar: uma apenas arranca as batatas do solo, sendo que depois têm que ser apanhadas do chão e ensacadas à custa de trabalho braçal; a outra máquina, muito mais sofisticada, arranca e aspira as batatas da terra, sendo estas posteriormente selecionadas por pessoas, que separam as sãs – e com calibre padronizado – das pedras e das que foram cortadas. Posteriormente, as batatas escolhidas são transferidas do depósito da máquina para grandes sacos, que levam aproximadamente 1 tonelada cada. Lamentavelmente, o preço da batata não compensa todo este esforço: a informação que nos deram foi que, no final do mês de junho, estava a ser vendida a 0,12 cêntimos o quilo, o que desmotiva os produtores.

Apraz-nos sugerir que a região da Bairrada deveria ser uma região demarcada para a batata, tal como é para o vinho, pois a nossa batata é uma das melhores do país. Talvez dessa forma pudesse ser transacionada a um valor mais justo, que entusiasmasse os produtores a continuar esta cultura.

Torres nas quatro estações

II – Verão

Chega o verão! Os seus dias quentes, a natureza ainda verdejante e a perspetiva de boas colheitas animam os seus habitantes.

Vinhedos, R. das Areias
Já se vislumbram os cachos da próxima colheita
Vista geral dos vinhedos, R. das Areias
Lagoa de Torres. Nas margens e na água o bunho cresce.
Largo da Capela de Nossa Senhora do Desterro, ladeada por tílias verdejantes