Encontro gastronómico

A Associação Recuperar a Aldeia de Torres está a preparar um dia de convívio para todos os que nele quiserem participar.

Local – Quinta do Cabeço, Vendas de Samel

Data – 19 de junho

Programa

11h – concentração na Lagoa de Torres, para aqueles que estiverem interessados em fazer uma caminhada. Uma prof. de Educação Física dará alguns conselhos para a caminhada de cerca de 5 km até à Quinta do Cabeço, por entre pinhais, vinhedos, batatais, olivais e plantações de kiwi. Chegados ao destino, será proporcionada uma visita à Adega e o almoço será servido num telheiro exterior, às 13h.

Ementa:

  • Entradas
  • Caldo verde
  • Cabidela de leitão
  • Leitão assado, acompanhado com batata (frita ou cozida), laranja e alface
  • Vinho branco e tinto da Adega, água e sumos
  • Sobremesa, café e digestivo.

O vinho que será servido é produzido e engarrafado nesta Adega, propriedade do Sr. Simões. Quem estiver interessado, pode comprar vinho no local para levar para casa.

A tarde será para desfrutar a paisagem, debaixo de frondosos pinheiros mansos e para realizar qualquer atividade que os presentes queiram propor.

Quem não quiser fazer a caminhada, dirige-se diretamente para a Quinta do Cabeço.

Preço: 25 ARATES

O número de inscrições é limitado, tendo em conta o espaço e as questões de segurança sanitária. Se estiver interessado, contacte-nos quanto antes. Depois indicaremos a forma de pagamento.

Inscrições até 7 de junho                                                                                      

Informações e inscrições:

Natália Loureiro – 910 859 506 / associação.arat@gmail.com

Tradições gastronómicas – a chanfana

A par do leitão, a chanfana faz também parte da gastronomia da Bairrada, sendo confecionada em muitas casas, quer por altura da Páscoa quer por ocasião das festas religiosas nos diversos lugares.

Lembro-me que, antes de existirem estas regras apertadas de higiene alimentar, na sexta-feira da semana da festa da aldeia, os cabreiros – donos das cabras – passeavam os seus animais pelas ruas do lugar e as famílias vinham à porta escolher a rês que pretendiam. Pagavam e levavam para casa o animal vivo. Ao fim do dia, o cabreiro voltava para abater a cabra, ali mesmo no pátio do comprador. A rês era de seguida pendurada num lugar fresco e escuro para escorrer até ao dia seguinte, altura em que o dono da casa a esquartejava e em seguida a sua mulher preparava as caçoilas com a carne e os temperos para irem ao forno de lenha a assar.

Hoje, o processo é o mesmo, só que a carne de cabra é comprada no talho, pelo que o consumidor não sabe a origem nem o modo como o animal foi alimentado. Tudo isto é fruto do progresso, que nem sempre traz as melhores soluções.

Nesta Páscoa, não fugi à tradição e confecionei a minha chanfana, como a seguir irei mostrar.

Natália Loureiro

Ingredientes da chanfana e sua confeção.

As caçoilas estão prontas para irem para o forno.

Coloca-se folha de alumínio nas caçoilas, antes de irem para o forno.
A chanfana está pronta a ser degustada. Bom apetite!