Foi muito gratificante verificar que a atividade que preparámos, no passado Dia de Reis, alusiva à tradição dos Reis Magos, cativou e agradou a um grande número de sócios e demais convidados que estiveram presentes na sede da nossa associação e que, cantando e tocando, procuraram reviver momentos felizes do seu passado.
Do programa constava cânticos desta quadra natalícia, recolhidos na nossa aldeia e outros oriundos do norte do país e também do Algarve.
Um conto de Natal, que tinha sido gravado e representado pelos sócios da nossa associação no ano da pandemia (2020), foi de seguida visualizado pelos presentes, que tiveram ainda o privilégio de assistir às entrevistas realizadas a alguns Torrienses no âmbito do projeto «Memórias da Aldeia». Por fim, uma merenda natalícia partilhada e saboreada em franco convívio deu o remate às atividades deste dia festivo.
Se nos perguntarem se tudo o que temos feito, desde que a nossa Associação nasceu, em 2019, foi trabalhoso e que nem sempre correspondeu às expectativas, diremos que é verdade. No entanto, também é gratificante reconhecer que, depois desta data, Torres foi agraciada com o título de Aldeia de Portugal e que, através das gravações feitas a alguns dos seus habitantes, as suas memórias ficarão imortalizadas. Sentimos que hoje Torres já não é a mesma aldeia, pois novos habitantes adquiriram casas abandonadas que recuperaram. A população aumentou e já se veem mais crianças, que são a esperança para que a aldeia não desapareça.
Sentimos ainda que todos os que quiseram experimentar diversas formações – pintura, arranjos florais, fantoches, teatro, recolha de pratos tradicionais, usos e costumes – ficaram mais enriquecidos pelo desfrutar de momentos de aprendizagem e franco convívio. Plagiando o nosso poeta imortal, «tudo vale a pena quando a alma não é pequena».
Texto: Natália Loureiro