No próximo dia 4 de março, a aldeia de Torres vai engalanar-se para recriar a visita do príncipe D. Pedro a terras do nobre Martim Lourenço da Cunha, corria o ano de 1354.
Segue o cartaz informativo.
As festividades na rua e no Terreiro da Adega do Avelar estão abertas a todos os visitantes, que serão muito bem recebidos, estando a animação garantida! A participação na Ceia exige inscrição prévia e está limitada aos lugares disponíveis.
A Associação Recuperar a Aldeia de Torres propôs aos seus sócios e habitantes recuperar a tradição de cantar os Reis. A proposta foi aceite, com muito entusiasmo e nas noites chuvosas do início deste ano, as senhoras da aldeia reuniram-se e procuraram, nos seus baús das memórias, os cantares de antigamente.
No passado domingo, dia 8 de janeiro, pelas 15horas, reuniram-se todos os participantes desta atividade na Capela de Torres, e aí foram cantados cânticos ao Menino Jesus. Depois disso, seguiram rua abaixo, até à Adega do Avelar, onde cantaram as janeiras, como se fazia antigamente, pedindo um chouriço ou uma morcela. Já debaixo de telha, e junto ao presépio decorado com objetos em bunho e junco, todos cantaram, com muito entusiasmo a alegria, cantares de antigamente, incluindo a Marcha das Pastorinhas, marcha com cerca de 50 anos que foi recuperada com a colaboração de vários associados.
Foi ainda explicada e concretizada a tradição da romã nestes primeiros dias do ano: a dignidade que dá à mulher, a rainha do lar e ser o símbolo da fertilidade e da abundância. Por isso, cada senhora cortou a coroa de uma romã e colocou-a na cabeça, o que foi também um momento de diversão.
Por fim, partilhou-se uma merenda de Reis e combinaram-se atividades para as próximas semanas, enquanto as noites de inverno são longas e os trabalhos da agricultura dão algum descanso.
O balanço desta atividade é muito positivo e entusiasma-nos a continuar. Pensamos que, a pouco e pouco, os habitantes de Torres, que receberam no passado mês de outubro a certificação de Aldeia de Portugal, estão a tomar consciência da importância que têm as suas tradições, os seus saberes sobre usos e costumes, lengalengas, mezinhas, pratos tradicionais, tudo o que poderia parecer não ter valor e que hoje começa a dar importância e identidade às aldeias, mesmo às mais singelas, como é o caso da aldeia de Torres.