Um grupo de associados e amigos da ARAT deslocaram-se, no passado dia 28 de junho, a Moçarria e Santarém, a convite da Confraria dos Tanheiros (artesãos do bunho). A Associação tem uma relação muito próxima com esta Confraria, pois desde a sua fundação que se efetuaram contactos para recolha de informações ligadas ao artesanato e para que os seus elementos participassem na nossa Festa do Bunho – participação que já se concretizou, mais que uma vez. No decurso destes contactos, fizemos amizade com o artesão Artur Guedes, e atualmente compramos e divulgamos os seus objetos em bunho.
A Câmara Municipal de Anadia cedeu-nos gentilmente o transporte e o Presidente da Junta de Freguesia de Moçarria fez as honras da casa, mostrando-nos os principais pontos de interesse da freguesia e falando-nos das belezas e tradições locais. De seguida, visitámos o museu particular de antiguidades ligadas a vários ofícios do passado desta freguesia, espólio recolhido ao longo dos anos pelo artesão Artur Guedes, que muito impressionou os visitantes da Bairrada, fazendo-os relembrar a sua infância e juventude, pois também por cá eram usados muitos desses instrumentos de trabalho.




O dia esteve extremamente quente e o grupo procurou a frescura do restaurante local, onde almoçámos na companhia dos nossos anfitriões uma refeição bem confecionada e muito saborosa.

Depois de almoço, rumámos ao centro da cidade de Santarém, com o intuito de ver o Mosteiro de S. Francisco, no qual já repousaram os restos mortais do rei D. Fernando e da sua esposa D. Leonor Teles. Esta rainha está indiretamente ligada à nossa aldeia, visto que tinha sido casada anteriormente com o filho do nobre Martim Lourenço da Cunha que, por sua vez, foi senhor das terras de Torres do Bairro e Vilarinho dapar. Passámos também pelo Largo da Igreja do Seminário e procurámos refúgio da canícula na muito antiga e conceituada pastelaria Biju, onde provámos a doçaria tradicional acompanhada de uma bebida fresca.
Antes de regressarmos à Bairrada, deleitámo-nos com as vistas sobre a Lezíria e o rio Tejo a partir do Miradouro de S. Bento. Ficámos com a alma cheia e assim iniciámos a viagem de regresso.


Para a maioria das associadas que realizaram esta visita, e que ainda trabalham arduamente a terra para obter o seu sustento, este dia foi certamente um momento de pausa, descontração e franco convívio. Eis alguns dos objetivos da Associação: transmitir a cultura e proporcionar momentos de recreação e lazer.
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