Foi deveras morosa e difícil a nossa demanda até encontrar a instituição certa que nos conseguisse auxiliar na classificação da Fonte da Cuba, à qual sempre atribuímos um valor inestimável. Finalmente, foi-nos aconselhada a Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) que, depois dos nossos contactos, agendou uma visita técnica. Foi assim que, no dia 26 de abril, uma equipa de arqueólogos da DRCC, chefiada pelo Dr. Artur Côrte-Real, chegou a Vilarinho do Bairro! Foi solicitada pelos arqueólogos a presença do presidente da Junta de Freguesia e estes, acompanhados ainda por três elementos da ARAT, chegaram à Fonte da Cuba, em Torres. A expectativa era elevada da nossa parte e, com grande regozijo, ouvimos da boca dos técnicos especializados que a nossa Associação tinha tido a sensibilidade de procurar esclarecimento junto de entidades competentes, pois a Fonte da Cuba tem valor patrimonial, integrando-se nas fontes classificadas como fontes de mergulho. Fontes de mergulho (ou fontes de chafurdo) são uma tipologia de fontanário que, em vez de uma bica, possui um tanque no qual se mergulham os recipientes para retirar a água. Estão, geralmente, num nível inferior ao do solo, existindo escadas que dão acesso à água, tendo, como proteção, uma abóbada feita em pedra.

Fonte da Cuba

Os arqueólogos constataram ainda, com admiração e muito agrado, o potencial turístico do espaço no qual se integra a fonte e imaginaram, no futuro, um grande ponto de interesse para caminhantes e visitantes, conjugando a Fonte da Cuba, o percurso pedestre, a paisagem vinhateira e a requalificação do espaço envolvente.

Estamos esperançados, que, após a receção, pela Câmara Municipal de Anadia, Junta de Freguesia de Vilarinho do Bairro e a própria Associação, dos resultados da visita e das sugestões para a sua recuperação e conservação, se venha a concretizar o nosso objetivo: que esta fonte seja preservada e valorizada, enriquecendo assim, ainda mais, o local de Torres e a sua freguesia!

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